Relatório da Câmara aponta prejuízo de mais de R$ 10 milhões em obras da Prefeitura de Pouso Alegre, MG

A Câmara de Vereadores de Pouso Alegre (MG) apresentou nesta segunda-feira (11) o relatório final de um estudo que analisou 20 contratos firmados entre a pref...

Relatório da Câmara aponta prejuízo de mais de R$ 10 milhões em obras da Prefeitura de Pouso Alegre, MG
Relatório da Câmara aponta prejuízo de mais de R$ 10 milhões em obras da Prefeitura de Pouso Alegre, MG (Foto: Reprodução)

A Câmara de Vereadores de Pouso Alegre (MG) apresentou nesta segunda-feira (11) o relatório final de um estudo que analisou 20 contratos firmados entre a prefeitura e empreiteiras. Segundo o documento, foram identificados prejuízos aos cofres públicos superiores a R$ 10,4 milhões em pelo menos 10 obras executadas no município. 📲 Participe do canal do g1 Sul de Minas no WhatsApp O levantamento foi feito por uma comissão especial criada por unanimidade durante sessão ordinária em 4 de fevereiro. O grupo teve como objetivo apurar indícios de irregularidades em projetos elaborados por uma empresa de engenharia e na execução dos serviços contratados pela administração municipal. O colegiado foi composto pelos vereadores Fred Coutinho (presidente), Israel Russo (relator), Delegado Renato Gavião, Ely da Autopeças e Rogerinho da Policlínica. Ao longo dos últimos meses, eles reuniram informações que resultaram em um relatório com mais de 350 páginas. Câmara de Pouso Alegre Reprodução EPTV A comissão recomendou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara para aprofundar as investigações, o cancelamento imediato de contratos e que o Executivo adote medidas para aprimorar a fiscalização de contratos e obras. Operação investigou fraude em contato público Em outubro de 2024, o Ministério Público deflagrou a "Operação Segunda Demão", que investigou suspeita de contratação direta ilegal e de fraude em contrato público na Prefeitura de Pouso Alegre. As investigações do MP indicavam que a empresa responsável pelos projetos de engenharia civil na prefeitura teria incluído itens com valores maiores ao razoável (sobrepreço) e em quantitativos desnecessários (superfaturamento) nos editais de licitação. A operação cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em cidades de Minas Gerais e São Paulo. Três contratos estavam sob investigação, envolvendo a manutenção predial nas Secretarias de Saúde e Educação, a reforma do Casarão dos Junqueiras, e a construção de um muro na escola Irmão Dino Girardelli. Em um dos contratos, referente à reforma do Casarão, o MP recomendou à prefeitura a suspensão. Na época, a Prefeitura de Pouso Alegre informou que tomou conhecimento da operação e que cooperava com as autoridades. Segundo a gestão municipal, foram fornecidos documentos e acatado a recomendação proposta pelo órgão ministerial. Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas