Justiça determina multa de até R$ 500 mil por exploração de trabalhadores em fábrica clandestina de cigarros em MG
Empresa é multada por submeter 12 trabalhadores a condições análogas à escravidão A Justiça do Trabalho deferiu liminar em ação civil pública ajuizada...

Empresa é multada por submeter 12 trabalhadores a condições análogas à escravidão A Justiça do Trabalho deferiu liminar em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais (MPT-MG), após a apuração de que 12 trabalhadores paraguaios foram submetidos a condições análogas à de escravo e ao tráfico de pessoas na produção clandestina de cigarros em São Sebastião do Paraíso (MG). 📲 Siga a página do g1 Sul de Minas no Instagram O caso foi revelado durante a Operação "Uncover", realizada pela Polícia Federal e Receita Federal, em junho de 2024. A decisão fixa multa de R$ 500 mil por obrigação descumprida, além de R$ 100 mil por trabalhador encontrado em situação irregular, caso o réu volte a ser flagrado explorando trabalhadores nessas condições. Justiça determina multa de até R$ 500 mil por exploração de trabalhadores em fábrica clandestina de cigarros em MG Divulgação / MPT De acordo com a procuradora do Trabalho Melina Fiorini, os estrangeiros viviam reclusos dentro da fábrica, submetidos a contenção física e psicológica. Havia bloqueadores de sinal de celular, vigilância armada e controle rigoroso de entradas e saídas, o que configurava privação de liberdade típica da escravidão contemporânea. Na ação, o MPT pede ainda a condenação definitiva do réu ao pagamento de R$ 20 milhões por dano moral coletivo. As investigações apontaram que a fábrica produzia entre 175 mil e 200 mil maços de cigarros por dia, com faturamento estimado de até R$ 1 milhão diário. A ação civil pública segue em andamento na Vara do Trabalho de São Sebastião do Paraíso e aguarda sentença definitiva. VEJA TAMBÉM: 'Lista suja' de trabalho escravo: mais 159 empregadores são incluídos na atualização Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas